“Ai daquele que dá ao seu companheiro bebida misturada com drogas!”

O profeta Habacuque mostra sua perplexidade ao presenciar a multiplicação da maldade de seu tempo. O seu espírito indignou-se ao ver o predomínio da iniqüidade, opressão, destruição, violência, contendas, litígios e frouxidão da lei. Por que tudo isso? Por que Deus não age e pune os que fazem o mal? "Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?" Este mensageiro divino é um daqueles poucos homens a quem se pode atribuir a prática da 4ª bem aventurança. Aquela que chama de "bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mt. 5:6).

O desejo de ver a justiça prevalecer fez o profeta arrazoar com Deus à procura de respostas que abrandassem a sua inquietação. E o Senhor revelou que Sua justiça prevaleceria contra os que praticam o mal. Os cinco ais do juízo de Deus contra os caldeus são sentenças que servem como exemplo da ira de Deus sobre os que perpetram a violência (Hb. 2:6-17). Eles mostram o lado vingativo do Criador sobre os que maltratam suas criaturas.

Dentre as sentenças enunciadas, existe a advertência aos que zombam e escravizam através das drogas: “Ai daquele que dá ao seu companheiro bebida misturada com drogas!” (Hb. 2:15). O consumo de tóxicos e entorpecentes constitui um dos grandes problemas sociais que enfrentamos no dia a dia. Testemunhamos desde governos paralelos presididos por traficantes à famílias destroçadas pelo vício. O texto profético mostra que o álcool, ou qualquer outra substância consumida de forma viciosa, é um agente de humilhação. Humilha porque distorce os pensamentos, as emoções e as ações de quem a consome. A droga faz o seu usuário de palhaço e aquele que vende contempla as vergonhas do que compra. O dominador zomba da desgraça do dominado.

Por que o homem procura refúgio neste labirinto? Logo o homem que foi feito por Deus coroado de glória e de honra (Sl. 8:3-5). Os especialistas respondem que os tipos de drogas consumidas no mundo são de caráter estimulante, depressor e perturbador. O primeiro tipo excita à confiança em si mesmo, o segundo deprime a atividade cerebral deixando alheios à vida, o terceiro aprisiona na caverna psicodélica das alucinações e dos delírios. Ambos revelam a dificuldade humana em lidar com os conflitos do mundo real e consigo mesmo. Entre essas dificuldades incluem-se desajustes familiares, complexos psicológicos (inferioridade/superioridade), más influências, ociosidade, solidão, medo, falta de rumo, etc.

Todos esses problemas são reflexos do pecado que habita a natureza humana. Como disse Jesus: “O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem” (Mc. 7:20-23). Não é a maconha, a cocaína, o crack ou o álcool que sujam o coração humano. Eles fermentam aquilo que já está dentro. O homem é depravado por natureza e quando vive distante de Deus se torna ainda mais imundo e autodestrutivo. Isso é motivo suficiente para não provocar o monstro que habita dentro de si.

A droga rouba a dignidade humana, faz o traficante rir e Deus acender a sua ira. Assim como o Senhor prometeu que os caldeus iriam provar o cálice do seu furor, assim também Cristo executará juízo contra os que hoje violentam a alma de infelizes, ridicularizam a sua amargura e promovem a libertinagem.

Amigo, não procure o traficante nem faça de um bar a sua morada. Busque ao Senhor Jesus, é Ele quem pode fazê-lo verdadeiramente livre (Jo. 8:36). Irmão, não seja insensível à dor e a desgraça alheia. Fale de Jesus, proteste em favor da vida.
Pr. Alex Gadelha

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