Um amor que Excede a todo o Entendimento
O amor se personificou na pessoa de Jesus. Cada
palavra, cada gesto, cada ato seu, uma expressão exata e viva do amor de Deus.
“Nunca alguém foi tão odiado por amar tanto”. Ele amou leprosos, cegos, surdos,
mudos, possessos, prostitutas, fariseus, ladrões, ricos, pobres, enfim, a
todos, independente de classe, posição social ou deficiência física. É
interessante notar que seu amor não se limitava ao sentir ou desejar, incluía a
ação em favor do próximo. Quem experimentava do amor de Cristo não poderia
permanecer o mesmo. Os discípulos tiveram seus conceitos e ideias a respeito da
relação com o próximo destruídos e reconstruídos. Enquanto a lei asseverava
“olho por olho dente por dente”, Jesus pregava “não resistais aos perversos;
mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”
(Mt.5:38, 39), a lei mandava amar ao próximo e odiar o inimigo, Ele mandou amar
os inimigos e ainda orar pelos perseguidores (Mt. 5:43, 44).
Cada traço da Pessoa de Cristo revela um sublime amor.
Todos os seus atos nos ensinam a excelência do fruto do Espírito:
- Sua ira ante
aos cambistas e mercadores refletiu o amor que possuía pelo lugar de oração
(Jo. 2:13-22). Foi uma atitude corretiva, nunca de ódio ou crueldade. O livro
de Hebreus nos diz que “o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo o filho que
recebe” (Hb. 12:6).
- Sua equidade
na questão do tributo a César (Lc. 20:19-26) não objetivava desmoralizar ou
menosprezar o Império Romano. A resposta “dai a César o que é de César e a Deus
o que pertence a Deus” foi uma manifestação de amor pela justiça. Não ouviu a
voz do povo nem a do Império, porque o amor não é parcial nem se alegra com a
injustiça.
- Sua
humildade tencionou ensinar os discípulos. Ao lavar-lhes os pés não demonstrou complexo
de inferioridade, autopiedade ou autocomiseração (Jo. 13:1-17). Queria impactar
aos aprendizes, mostrando que gestos sensíveis podem se tornar inesquecíveis e
que a humildade precisa existir em todo aquele se dispõe a seguí-lo.
- Sua
compaixão. As lágrimas diante daqueles que sofriam pela morte do amigo Lázaro
foram de amor, não fraqueza emocional ou sentimentalismo exacerbado. Chorava
porque enxergava, ouvia e sentia a dor
alheia (Jo. 11:1-44). Trazia conforto e esperança para aqueles que sofriam
solitários a sua miséria.
- A verdade
foi aplicada por Jesus como antídoto para a cegueira espiritual. O amor que
tinha por aqueles que viviam ignorantes à vontade de Deus o incomodava, por
isso procurava provocar nas pessoas o desejo de alcançarem a verdade por elas
mesmas. Contava-lhes parábolas e ilustrações a fim de enxergarem a luz do
Evangelho. Foi assim com Nicodemos, que era considerado mestre em Israel, mas
tinha os olhos vendados de presunção, até o momento em que experimentou do amor
de Jesus e do novo nascimento (Jo. 3).
O Messias
prometido, o Deus encarnado no homem Jesus, mandou amar ao próximo assim como
Ele nos amou. Amar não é uma opção, é um mandamento que deve ser obedecido por
todos que estão sob o suave jugo de Cristo. Ele amou de fato e de verdade, e
nós como seus discípulos precisamos fazer o mesmo. “Nisto conhecerão todos que
sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo. 13:35).
Pr.
Alex Gadelha
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