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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Um Sonho de Liberdade

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         Você já refletiu sobre a visão de um cárcere? Ela traz a ideia de um lugar que míngua a espontaneidade dos movimentos, silencia a voz e massacra as emoções. É um ambiente onde a  sensação de desconfiança tolhe a possibilidade de amizades sem reservas. E não é preciso estar encerrado para sentir o peso das grades, muros e olhares ameaçadores. Basta algumas visitas para entender que o sistema carcerário perpetua a prisão da alma, pois mesmo após deixá-lo a memória armazena os duros golpes experimentados ali. Até o organismo internaliza vícios adquiridos no espaço e nas relações de aperto. Essas marcas não desaparecem, apenas são administradas, às vezes escondidas, mas continuam vivas.  Assim, a prisão mais sufocante se torna não aquela instituição governamental apresentada como lugar de reabilitação social, símbolo de vigilância e punição, construída de pedras, concreto e ferro. A punição maior não é a interdição do ir e vir do indivíduo. O que mais maltrata são as algema