Postagens

"Verdades absolutas em um mundo que odeia padrões"

Imagem
  O relativismo moral é uma corrente de pensamento que afirma a inexistência de valores aplicáveis a todos os tempos históricos, espaços geográficos e contextos culturais. Argumenta que todo comportamento está condicionado por interesses pessoais ou grupais, conforme as transformações sociais produzidas por sujeitos, grupos ou instituições que detêm a hegemonia do pensamento na esfera educacional, religiosa, política, midiática, etc. Nesta concepção, o mal é interpretado de forma subjetiva, ou seja, se acordo com pontos de vista, julgamentos pessoais, sentimentos e percepções individuais. Por exemplo, o aborto deixa de ser entendido como o assassinato de uma vida inocente e indefesa para ser um meio de libertação de um ente que traz desconforto ao corpo da mãe.   O relativismo está presente também na linguagem, combatendo qualquer normatização da língua; na arte, promovendo o despudor da nudez ou da violência; no direito, quando permite múltiplas interpretações da lei; no comportam

Alicerce sua Identidade em Cristo

Imagem

Posicionar-se, educa-nos!

Imagem
    Posicionar-se é expressar o que pensa a respeito de uma ideia ou atitude argumentando-se a favor ou contra. Fazemos isso o tempo todo, com palavras ou em silêncio. Esse ato diz muito sobre nós mesmos. Mostra o valor atribuído a crenças pessoas, mostra nossas prioridades e como enxergamos o mundo. Nossas posições provam se somos capazes de sacrificar o que cremos em troca de vantagens ou se estamos dispostos a sofrer danos em nome de convicções inegociáveis e pelas pessoas que amamos. Quando não nos posicionamos alimentamos uma tirania gestada no silêncio. Assim, o seu “não concordo” pode corrigir autoritarismos e libertar um ambiente monopartidário, caolho ideologicamente, comum em ditaduras. Posicionar-se ensina o convívio com o diferente, o divergente, o contraditório. Mostra que críticas a ideias não implicam em ódio a pessoas. A graça comum nos dá a capacidade de até apreciar a inteligência de alguém, mesmo não concordando com nenhum de seus argumentos. Posicionar-s

Pode um cristão protestante votar em candidatos de esquerda?

Imagem
                                                        A pergunta que mais tenho ouvido nestes dias que precedem a eleição é: “Como um cristão que afirma ter a bíblia como única regra de fé e prática pode defender candidatos e partidos cujas ideologias são contra os ensinos de Cristo?”. Os que fazem esse questionamento transmitem sentimentos de estranhamento e até indignação. Tento pacificá-los, pois não é um tema simples de ser pensado, considerando-se que nas intenções humanas existem variáveis insondáveis, profundamente íntimas, conhecidas somente por Deus. Como escrevo para cristãos protestantes, deixo aqui minha compreensão pastoral a partir de experiências pessoais, leituras políticas e verdades históricas derivadas da formação teológica.            As palavras que escrevo aqui, procurei dizê-las com brandura, a fim de que ninguém se sinta desanimado ou constrangido, apenas edificado. Trata-se de um esforço em descansar o coração no Único que nos concede discernimento para com

PAIXÃO POLÍTICA: A PIOR DAS IDOLATRIAS

Imagem
            Paixão política é veneração a um candidato, partido ou ideologia, acompanhada por um sentimento que subjuga a consciência a ponto de sacrificar relacionamentos, finanças e princípios como liberdade, fraternidade e, sobretudo, a verdade. Quem está adoecido por esse mal tem plena convicção de que seu candidato há de cumprir todas as promessas proferidas, principalmente aquelas que envolvem uma vida melhor, com “comida na mesa” e “dinheiro no bolso”. Pessoas assim sofrem emocionalmente quando encontram outras que até anseiam as mesmas coisas, mas por caminhos divergentes. Esse desejo inconsequente sabota a pluralidade de ideias e torna eleitores reféns de bolhas identitárias, impedindo a coexistência entre visões de mundo diferentes. O militante partidário “abraça a causa” faz do seu partido a razão de sua existência, investindo tempo e recursos em um projeto que garanta a vitória do seu “salvador” e a permanência de sua ideologia no topo do poder temporário. Infelizmente,

A inviolável liberdade de consciência e de crença

Imagem
  "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;" Artigo V, inciso VI, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. No denominado “Estado Democrático de Direito”, o cidadão confia seu voto a quem quiser, da mesma forma que pratica a religião de sua escolha. O estado brasileiro é laico, ou seja, não professor de religião oficial, mas garante a liberdade de crença e descrença a todos os seus cidadãos. A laicidade não implica em ostracismo social de quem crê, pois na democracia há espaço para o debate respeitoso sobre filosofias e comportamentos. Aliás, somente em países com regimes assim, é possível uma convivência pacífica entre diferentes e discordantes. Penso que quando um cristão, no sentido "antioquiano" do termo (At. 11:26), expõe por meio das Escrituras aquilo que crê, o faz na expectativa de que o

Por que o aborto é um assunto tão importante?

Imagem
  Para cristãos que têm a Bíblia como única regra de fé e prática             Em um tempo onde assuntos éticos e morais são critérios para a escolha de representantes políticos, o tema aborto se destaca. E por que isso acontece? Uma das razões consiste no fato de nosso país ter o cristianismo como religião predominante. Os cristãos, em sua grande maioria, compreendem o início da vida a partir da união entre espermatozoide e óvulo, composição que forma a primeira célula de uma pessoa, uma constituição única! A cultura cristã influencia profundamente instituições e ritos ocidentais, por isso não é difícil enxergá-la nas práticas sociais que nos cercam. Desde a concepção ao luto, da infância a velhice, princípios bíblicos comunicam padrões divinos para o comportamento individual (amor ao próximo), para o casamento (união monogâmica, heterossexual, indissolúvel), a relação com os filhos (educação, provisão e proteção), com os pais e idosos (respeito, honra e cuidado) e para com o Estado (o