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Mostrando postagens de 2011

2011: O que quero trazer à memória

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Mais um ano e mais um balanço reflexivo sobre ações, sentimentos e experiências vividas ao longo de 365 dias. Há uns tempos aprendi que viver sem consciência deságua em rotina, monotonia e tédio. Cada pessoa então deveria escrever um diário, somente assim poderia ver-se melhor para enriquecer a relação com os outros e consigo mesmo. Ainda que a memória insista em rebuscar momentos traumáticos, podemos equilibrá-los com vivências que trouxeram alegria e crescimento interior. Em meio às intempéries de um ano que findou, “quero trazer à memória aquilo que me dá esperança”. Isso não significa ignorar dores, perdas ou decepções, mas vê-las como um conteúdo a ser aprendido, refletido e transformado em maturidade.             Quero trazer a memória os juízos que fizeram sobre mim. Julgar é atribuir ao outro a condição de culpado ou inocente a partir de uma lei aplicada às ações. O problema é que o princípio que rege nossos julgamentos geralmente está de acordo com o desejo de que os

NÃO

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              “Não” é uma palavra de impacto e na maioria das vezes é ouvida de mal grado. Exprime negação, significa proibição, limitação, recusa, oposição, por isso as pessoas não gostam de ouvi-lo como resposta. Sentem-se como se alguém estivesse manipulando sua vontade ou limitando o seu querer. Mas, o fato é que precisamos desse termo, sem ele não sobreviveríamos, pois um mundo de “sims” é um mundo de caos. A primeira negativa que o homem recebeu foi no Éden, quando Deus estabeleceu a seguinte proibição para Adão e Eva: “...da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerás.” Gn. 2:16. O Senhor tinha entregado verbalmente uma grande lista de permissões, mas faltava-lhes a proibição que lhes dariam a oportunidade de escolha. Eles escolheram transgredir e até hoje sentimos as conseqüências do seu pecado. Realmente, quando teimamos em infringir os “nãos” estabelecidos por Deus, as conseqüências são terríveis: inimizades, contendas, crimes, doenças, morte, etc. Observ

Para a liberdade foi que Cristo nos libertou

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      Um pássaro que vive muito tempo em uma gaiola, não consegue enxergar a porta aberta. E mesmo que passe por ela, tende a voltar, pois se acostumou a enxergar o mundo entre arames. Os gálatas podiam ser comparados a pássaros que ganharam a liberdade, mas que insistiam em voltar para a gaiola. Vamos entender um pouco o contexto dessa história: A Galácia era uma província romana situada na região da Ásia menor, onde o apóstolo Paulo fundou várias igrejas por volta dos anos 45-48 d.C. Cerca de 10 anos depois, alguns mestres judaizantes se infiltraram nas igrejas, conquistando o zelo dos irmãos e impondo a guarda da lei, especialmente a circuncisão como requisito para salvação. Estando informado da situação, Paulo escreveu repreendendo os gálatas e defendendo de forma irrefutável a salvação pela graça e a liberdade cristã. Em vários trechos da epístola explicou que “por obras da lei, ninguém será justificado” (Gl. 2:16; 3:11; 5:6; 6:15). Logo no início da carta, o apóstolo mos

Bartimeu

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Marcos 10:46-52 / Lucas 18:35-43                 Quando escuto ou leio o texto que narra a cura do cego no caminho de Jericó, sinto-me estimulado pelo seu exemplo de fé, vontade e decisão. Bartimeu era um homem que vivia à margem da sociedade, isso porque em seu tempo qualquer tipo de deficiência ou necessidade especial era interpretado como consequência dos próprios pecados ou das gerações precedentes (Jo. 9:2). Bartimeu possuía família, pois o nome de seu pai Timeu é mencionado, no entanto, vivia como mendigo. Talvez seus parentes não se importassem com ele. Os seus olhos derramavam lágrimas em resposta à humilhação e a solidão. Posso imaginar suas mãos estendidas, suas roupas moribundas, sua voz clamando pela sobrevivência. Bartimeu parecia ter motivos suficientes para viver em um fel de amargura, sem fé nem esperança.        No entanto, Bartimeu, como a maioria dos que não possuem o sentido da visão ocular, desenvolveu uma capacidade que poucos possuem: Ouvir. Seus ou

“Deixando as coisas de menino...”

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1ª Co. 13:11        O apóstolo Paulo, homem culto e inspirado, usou a metáfora do desenvolvimento biológico e psíquico para exortar aos crentes de Corinto sobre a necessidade de crescer espiritualmente. No capítulo três, considerou-os como crianças em Cristo, porque não tinham desenvolvido a salvação, mas estagnaram-se em práticas infantis: Eram ciumentos e contenciosos, usavam os dons como forma de autopromoção, lutavam por status, havia queixas, discussões sobre alimentos, irresponsabilidade moral, espírito vingativo, precipitação e egoísmo.           O capítulo 13 da mesma carta mostra o caminho da maturidade. De forma clara e objetiva Paulo definiu a importância e os frutos do amor : paciência, benignidade, confiança, humildade, bom senso, generosidade, mansidão, perdão, justiça, verdade, firmeza e eternidade. Amar como Jesus amou é o foco da maturidade cristã.           No verso 11, o apóstolo incita à reflexão através do amadurecimento natural que todos nó

“Sabe, e vê, que mau e quão amargo é deixares o SENHOR teu Deus”

Jeremias 2:1-19.            Jeremias foi um jovem profeta constituído por Deus com a missão de pregar aos rebeldes de Israel e às nações vizinhas. O conteúdo de suas palavras consistia na sentença de Deus “sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e plantares”.              As palavras que o Senhor colocou em sua boca foram de destruição mais que de prosperidade.             POR QUE A MENSAGEM DE JEREMIAS FOI TÃO ÁSPERA?              O passado de Israel: Israel era uma nação afeiçoada por Deus, seu amor era como o de uma noiva; empenhava-se em seguí-lO mesmo em meio a um deserto, “em uma terra que não se semeia”. Era consagrada ao Senhor, as primícias da sua colheita. Estabelecida sob o escudo de Deus. (Jr.2:2, 3).              A traição: Traição, “Ato de ruptura de uma promessa, de um compromisso,  de uma aliança; quebra da lealdade e fidelidade”. Israel despedaçou a aliança feita com

Como Recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai NEle

 Cl. 2:6-15              Paulo vivia uma grande luta de intercessão a favor dos colossenses: Ele intercedia pedindo consolo, amor e riqueza da forte convicção do entendimento para aqueles irmãos. Falou de Cristo como aquele “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” e advertiu quanto o engano dos raciocínios falazes que tentavam negar esta verdade. Embora Paulo estivesse ausente no corpo, em espírito estava com eles, alegrando-se e verificando a firmeza de sua fé.           Com o mesmo zelo, Paulo apela para a memória dos colossenses exortando a andarem em Jesus da mesma forma como o receberam e foram inicialmente instruídos.  Quando os colossenses receberam ao Senhor estavam enraizados nele, construíam suas vidas sobre ele e tinham sua fé confirmada. A gratidão seria uma forma de continuarem crescendo (v. 6, 7).          A constância na fé era e ainda é uma das maiores dificuldades dos cristãos, o comum é observarmos crentes com uma vida de altos

O Homem Natural, o Espiritual e o Carnal

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          Afirmamos e cremos que somente aquele que tem o Espírito de Deus pode entender as coisas de Deus. Paulo usou a analogia do espírito humano para explicar isto. Ele disse que assim como apenas o espírito do homem conhece as coisas do homem, “assim, também as cousas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”, isto porque “o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus (1ª Co. 2:10, 11).          Segundo a Palavra, nós temos o Espírito de Deus e este tem nos revelado a sabedoria de Deus e ensinado o conhecimento que nos foi dado gratuitamente por Ele (vs. 12). É uma espécie de conhecimento que não se conquista nas universidades nem na escola da vida, pois é algo ensinado pelo Espírito Santo, que nos capacita a conferir coisas espirituais com espirituais (v. 13).           Então surgem perguntas: Por que muitos crentes não entendem a Palavra de Deus? Por que ainda escutamos absurdos vindos de crentes velhos na fé? Irmãos que deveri

EXORTAÇÃO PARA CRESCER NA ORAÇÃO

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                        “ O que exorta faça-o com dedicação” (Rm. 12:8). A palavra grega para exortação tem em si a mesma raiz de um dos títulos do Espírito Santo: O “parakletos”, que significa consolador, ajudador ou advogado. Paraklesis é a palavra usada para exortação no português e significa “chamada”, “ordem”, “consolo”, “exortação”. Exortação é um dom de Deus, visando o despertar e consolo dos crentes que formam a Igreja do Senhor. Exortar é chamar ou até mesmo ordenar ao crescimento e solidificação da fé através do ensino; é servir como apoio didático. Exortação para Crescer na Oração: “Se quisermos conhecer uma pessoa não devemos perguntar o que ela faz e sim o que ela mais ama” (Agostinho).  A oração inclui: Falar com Deus; Prestar-lhe adoração; Apresentar-lhe petições; Confissão de pecados; e intercessão por outros. A oração deve priorizar elementos espirituais, no entanto, o que temos vivido? Oração consumista: Quando somente pedimos; ausência de palavras

DUAS LÓGICAS EM EFÉSIOS 4:17-24

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            No capítulo 04 de Efésios, além de tratar sobre a unidade da fé e do ministério dos santos, Paulo fala da nova vida em Cristo, listando pecados que precisam ser abandonados e virtudes que devem ser cultivadas. No texto de Ef. 4:17-24 podemos entender duas lógicas: A da compreensão e do comportamento que os gentios têm em relação a Deus e a que Ele espera que desenvolvamos como novas criaturas.             O apóstolo enfatiza nestes versículos a importância do pensamento sobre assuntos espirituais, ou seja, a necessidade de ter uma mente transformada para compreender a Deus e sua vontade. Observe as expressões usadas por ele para contrastar a mente do velho homem e a do novo: A MENTE DO VELHO HOMEM: ·        “Vaidade dos seus próprios pensamentos” (v.17). ·        “Obscurecidos de entendimento” (v. 18a). ·        “Alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem” (v.18b). ·        “Dureza do seu coração” (v.18c). ·        “Se corrompe segundo

Um amor que Excede a todo o Entendimento

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        O amor se personificou na pessoa de Jesus. Cada palavra, cada gesto, cada ato seu, uma expressão exata e viva do amor de Deus. “Nunca alguém foi tão odiado por amar tanto”. Ele amou leprosos, cegos, surdos, mudos, possessos, prostitutas, fariseus, ladrões, ricos, pobres, enfim, a todos, independente de classe, posição social ou deficiência física. É interessante notar que seu amor não se limitava ao sentir ou desejar, incluía a ação em favor do próximo. Quem experimentava do amor de Cristo não poderia permanecer o mesmo. Os discípulos tiveram seus conceitos e ideias a respeito da relação com o próximo destruídos e reconstruídos. Enquanto a lei asseverava “olho por olho dente por dente”, Jesus pregava “não resistais aos perversos; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mt.5:38, 39), a lei mandava amar ao próximo e odiar o inimigo, Ele mandou amar os inimigos e ainda orar pelos perseguidores (Mt. 5:43, 44). Cada traço da Pessoa de Cristo re

Transformando através da Verdade

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Jo. 3:1-15      Jesus pregou e viveu a verdade que transforma os homens. No trato com as pessoas não usou atalhos, nem bajulação para adquirir credibilidade. O Senhor falou a verdade de forma consistente, completa, direta e com tato. Para cada tipo de pessoa usava uma abordagem diferente, porque as pessoas são diferentes, porém, todas precisam ouvir a verdade.        A Bíblia registra a história de um homem chamado Nicodemos. Este foi  “de noite”  ter com Jesus. E por que de noite? Porque “estava com medo do que as pessoas pudessem dizer ou fazer, se tornasse conhecida sua visita a Jesus. Ele foi ‘de noite’ porque não tinha fé nem coragem suficiente para vir durante o dia”. Quando chegou a Sua presença, usou elogios e palavras de afirmação: Chamou-o de Rabi e disse que Ele vinha do céu, da parte de Deus, devido a sua autoridade e poder. Talvez esperasse uma atitude de reverência, afinal era um homem importante, um dos principais dos judeus. Mas o Senhor nunca se deixou levar

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Um Homem Movido de Grande Compaixão

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o  Jo. 11:1-46     O que está acontecendo com a humanidade? De onde vem tanto desprezo pelo próximo, pelo solitário, o enfermo, o preso e o necessitado? Os homens estão mais insensíveis à dor alheia. E insensibilidade não é virtude, é doença da alma. O apóstolo Paulo profetizou que nos últimos dias os homens seriam egoístas, desafeiçoados, implacáveis, cruéis, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus (2ª Tm. 3:1-5). Falta compaixão, falta o compartilhar de si mesmo para aliviar o fardo dos outros.     Enquanto os religiosos de sua época gabavam-se de uma suposta santidade e pureza, Jesus mostrava-se um homem piedoso e compassivo, procurando e sendo procurado por enfermos, pobres e marginalizados. Censurava os fariseus porque estes seguiam rigorosamente a lei, mas negligenciavam os preceitos mais importantes dela: a justiça, a misericórdia e a fé (Mt.23:23; Mq. 6:8). A “misericórdia farisaica” tinha como fim o reconhecimento dos homens e isso não agrada a Deus (Mt.6:1-4). Quando Jes