O Homem Natural, o Espiritual e o Carnal
Afirmamos e
cremos que somente aquele que tem o Espírito de Deus pode entender as coisas de
Deus. Paulo usou a analogia do espírito humano para explicar isto. Ele disse
que assim como apenas o espírito do homem conhece as coisas do homem, “assim,
também as cousas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”, isto
porque “o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de
Deus (1ª Co. 2:10, 11).
Segundo a
Palavra, nós temos o Espírito de Deus e este tem nos revelado a sabedoria de
Deus e ensinado o conhecimento que nos foi dado gratuitamente por Ele (vs. 12).
É uma espécie de conhecimento que não se conquista nas universidades nem na
escola da vida, pois é algo ensinado pelo Espírito Santo, que nos capacita a
conferir coisas espirituais com espirituais (v. 13).
Então
surgem perguntas: Por que muitos crentes não entendem a Palavra de Deus? Por
que ainda escutamos absurdos vindos de crentes velhos na fé? Irmãos que
deveriam ser mestres e ainda são meninos na Palavra? No mesmo texto da Carta,
Paulo aponta três tipos de pessoas existentes na Igreja: O homem natural, o
homem espiritual e o homem carnal.
“O homem natural não aceita as cousas do
Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas
se discernem espiritualmente” (v.14). O homem natural é o não convertido, que
pode está entre a igreja, mas não entende o significado real de ser cristão.
Para ele a igreja é uma organização social, um lugar de lazer ou de rituais
religiosos e a vida cristã é encarada à quatro paredes. Não evangeliza, não
contribui, nem sente o peso do pecado. É um incrédulo de coração endurecido.
Dentro da congregação dos salvos, mas condenado ao inferno.
O homem espiritual, à medida do tempo,
vai adquirindo discernimento e mergulhando nas profundezas de Deus. Os seus
pensamentos e sentimentos resultam em um comportamento de temor e obediência à
Palavra de Deus. Ele tem a capacidade de julgar situações e saberes, e ser
respeitado nos seus julgamentos.
No capítulo
3, Paulo se refere aos coríntios como “a carnais, como a crianças em Cristo”
(v.1). Os coríntios são exemplos da terceira espécie de crentes: os carnais ou infantis. Em Corinto os
problemas eram vários: contendas, impureza, litígio entre irmãos, idolatria e
vã glória. Estes irmãos eram salvos, mas confusos quanto às cousas de Deus
devido à vida de pecado. O Espírito Santo em um crente carnal está aceso na
intensidade de uma vela, por isso pouco ilumina.
Tanto o
homem natural como o crente carnal pode vir a ser um homem espiritual. Para
isso, ambos precisam se debruçar sobre a Palavra de Deus e vivê-la
intensamente. O homem natural pode se tornar filho de Deus e ser cheio do
Espírito e o crente carnal, ou infantil, pode reascender o Espírito e continuar
desenvolvendo a mente de Cristo.
Pr. Alex Gadelha
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