“Sabe, e vê, que mau e quão amargo é deixares o SENHOR teu Deus”
Jeremias 2:1-19.
Jeremias foi um jovem profeta constituído por Deus
com a missão de pregar aos rebeldes de Israel e às nações vizinhas. O conteúdo
de suas palavras consistia na sentença de Deus “sobre as nações e sobre os reinos,
para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para
edificares e plantares”.
As palavras que o Senhor colocou em sua boca foram de destruição mais que de prosperidade.
As palavras que o Senhor colocou em sua boca foram de destruição mais que de prosperidade.
POR QUE A MENSAGEM DE JEREMIAS FOI TÃO
ÁSPERA?
O
passado de Israel: Israel era uma nação afeiçoada por Deus, seu amor era como o
de uma noiva; empenhava-se em seguí-lO mesmo em meio a um deserto, “em uma terra
que não se semeia”. Era consagrada ao Senhor, as primícias da sua colheita.
Estabelecida sob o escudo de Deus. (Jr.2:2, 3).
A
traição: Traição, “Ato de ruptura de uma promessa, de um compromisso,
de uma
aliança; quebra da lealdade e fidelidade”. Israel despedaçou a aliança feita
com Deus. Correram atrás da nulidade dos ídolos e se tornaram nulos eles mesmos
(Vs. 4, 5).
O
Senhor quer uma resposta: “Que injustiça acharam vossos pais em mim?” Por que
nem sequer perguntaram: “onde está o Senhor que nos fez subir da terra do
Egito?” (vs. 6).
O Senhor foi quem os introduziu “em uma terra fértil, para que
comêsseis o seu fruto e o seu bem” (vs. 7). No entanto, os israelitas
contaminaram e abominaram sua herança; os sacerdotes esqueceram o SENHOR, os pastores
(reis) faltaram com o dever de estabelecer justiça e os profetas profetizaram
por Baal, tornando-se inúteis (vs. 8).
Eis o porquê da mensagem do profeta ser mais
enfática nos castigos do que nas bençãos:
“... o meu povo trocou a sua Glória
por aquilo que não é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e
horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o Senhor. Porque dois males cometeu o
meu povo”:
1º. “A mim me
deixaram, o manancial de águas vivas,...”.
2º. “E
cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retém as águas”. (vs. 11-13).
Em uma terra desértica trocar um manancial de águas
cristalinas por uma cisterna rota, é um absurdo! “As cisternas consistia em
reservatórios cobertos, escavados na terra ou na rocha, para onde escorria o
excesso das águas da chuva, das fontes ou dos riachos, que eram para ali
canalizadas e guardadas. Como as chuvas eram raras entre maio e setembro na
Palestina, as cisternas tornavam-se o principal meio de se contar com um bom
suprimento de água, naqueles meses”. Se suas paredes se fendessem,
acumular-se-ia mais lama do que água e assim estaria morta, inutilizada. Já um
manancial em uma terra tão árida era raríssimo, dele brotava incessantemente
água límpida e abundante.
Usando esta metáfora, o Senhor quis mostrar a seu povo
que eles trocaram, como muitos hoje fazem, Sua segurança e proteção por cousas
inseguras, terrenas e passageiras. As conseqüências vieram, “os leões novos”
(os assírios), escravizaram o povo, devastaram os campos, queimaram as cidades
e esvaziaram Jerusalém. Os egípcios também os exploraram (vs. 14 – 16).
Por que tamanha tragédia? Porque deixaram o Senhor quando este o guiava pelo caminho, porque fizeram aliança com nações idólatras (vs. 17, 18). Confiaram no braço do homem, faltaram com a confiança no Senhor (17:5-8).
Por que tamanha tragédia? Porque deixaram o Senhor quando este o guiava pelo caminho, porque fizeram aliança com nações idólatras (vs. 17, 18). Confiaram no braço do homem, faltaram com a confiança no Senhor (17:5-8).
“Um povo que
se esqueça do Senhor conhecerá o mal e a amargura (vs. 19). Pois o bem-estar de
um povo está fundamentado em seu relacionamento com o Deus vivo. Quando as
alianças desse relacionamento são quebradas, o declínio torna-se inevitável”
(Stanley R. Hopper).
Pr. Alex Gadelha
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