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Mostrando postagens de 2010

O que foi 2010 e como será 2011?

                Parece que todo ser humano tem impregnado em si uma doença que rouba a alegria, a paz e a esperança. Essa peste ataca muitos corações e suga a força necessária para viver bem neste mundo mal. Estou falando do pecado da murmuração. Aquele sentimento de insatisfação e descontentamento que matou milhares de israelitas no deserto (1ª Co. 10) e que pela boca de uma mulher rixosa incitou o justo Jó a amaldiçoar a Deus (Jó 2:9). Se para o poeta inglês Willian Shakespeare o ciúme tem os olhos verdes, para mim a murmuração tem semblante rijo, vista curta e olhos vermelhos de raiva, de pessimismo e de tristeza. A murmuração contraria a fé. O murmurador não consegue crer que Deus está no controle e por isso fatalmente visualiza apenas a tempestade. Não percebe que após a tormenta o chão fica molhado, as aves cantam e o clima fica ameno. Quando os ventos, os raios e os trovões passam, um tempo de calmaria se estabelece. É uma boa oportunidade para reconstruir o que foi destruído c

Ouvindo a Voz de Deus no Conselho de Homens Piedosos

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Um dos títulos proféticos do Messias é o de “Maravilhoso Conselheiro” (Is. 9:6). A imparcialidade e sabedoria nas respostas de Jesus maravilhavam os ouvintes. Foi assim nas questões do tributo a César (Mt. 22:17-22), do Sábado (Mt. 12:10, 11), da contaminação do homem (Mt. 15:1-20), do perdão (Mt.18:21, 22), da vida eterna (Mt. 19:16) etc. Deus enviou ao Cristo para aconselhar a humanidade à respeito do Seu amor e as boas novas de salvação. Um conselho sábio pode nos aliviar da dúvida, da insônia, da depressão, do embaraço e da insegurança que assolam a existência. Bons conselhos são valiosos (Pv. 25:11), medicina para a alma (Pv. 16:24). Deus usou diversos conselheiros para guiar os homens nas veredas da justiça: -    Jetro (sogro de Moisés): Vendo a sobrecarga sobre o genro, aconselhou a eleger dentre o povo “homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza” para que julgassem os milhares de Israel (Ex. 18:13-27).   -    Jó : Em seu discurso, lembra de co

Ouvindo a Voz de Deus nas Circunstâncias

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     “Precisamos aprender a discernir a presença de Deus em cada circunstância da vida. Um filho de Deus, andando no Espírito, deve buscar as obras de Deus, as pegadas de Deus e as evidências das mãos do Deus Todo-Poderoso em cada situação da vida. Deus é soberano, e nós somos seus filhos. Não existem acidentes na vida de um filho de Deus. Há certas coisas que Deus pode permitir. Há algumas coisas que Deus envia. Há captadores de atenção que Deus coloca em nossas vidas, mas não há acidentes” (Charles Stanley).    Ouvir a voz de Deus nas circunstâncias nem sempre é fácil, afinal somos tendenciosos a nos centrar tanto nos problemas ou nas bênçãos que não atentamos para a fonte e a razão delas. Diante de situações agradáveis e desagradáveis podemos fazer uma pergunta que pode responder algumas de nossas ansiedades. Ao invés de sempre perguntarmos o porquê, podemos indagar: Para que Senhor? O que queres fazer em minha vida por meio destas coisas que estou vivendo?      Na pedagogia d

Voz Soberana

       A teologia define soberania como sendo a “autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus. A soberania divina está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Isto significa que todos precisam de Deus para existir; sem Ele, não há vida nem movimento”. A voz que ordenou a criação do mundo, o dilúvio, a dispersão dos povos e a confusão das línguas na torre de Babel; que chamou Abraão para estabelecer uma nação santa e elaborou leis para regê-la; que enviou o Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade é a mesma voz que redime aqueles que se rendem ao Salvador bem como a mesma que sentencia à condenação eterna aqueles que o rejeitam. A soberania de Deus Lhe confere autoridade de julgar o homem segundo a Sua Justiça e determinar a Verdade a ser seguida. A Bíblia descreve a estrutura do homem como sendo pó (Sl. 103:14), compara nossos poucos dias aqui na terra como “uma neblina que logo se dissipa” (Tg. 4:14), um

De Volta ao Primeiro Amor

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Ouvir com os Ouvidos e com o Coração

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Para ouvir e viver a voz de Deus é preciso escutá-la não apenas com os ouvidos, mas também com o coração. O termo coração é freqüentemente usado na Bíblia para explicar o mais profundo do ser humano. Ele é entendido como o centro da razão, das emoções e da vontade. O problema de muitos da época do Antigo e do Novo Testamento, assim como dos dias atuais, consistia em ouvir o mandamento sem reflexão ou com indiferença. Os fariseus eram assim, pois conheciam os 614 mandamentos da Lei, as festas, os “dias santos” e todos os rituais judaicos. Ele proferiam belos discursos, esmolavam aos pobres, vestiam-se com “reverência”, davam louvores a Deus e cantavam belos hinos. Mas infelizmente não passava de teatro, já que não atentavam em seguir a voz de Deus. Conhecendo a sujeira interior Jesus censurava a estes religiosos comparando-os a copos, pratos e túmulos que eram limpos em seu exterior, mas imundos por dentro (Mt. 23:25-28). Podemos perguntar: O que aconteceu para que chegassem a tanta

Deus Nunca Deixou de Falar

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No início, havia uma íntima comunhão entre Deus e o homem. Adão e Eva ouviam a voz do Criador de bom grado, de forma clara, sem mediadores. Após a queda, a intimidade foi quebrada e “ quando ouviram a voz do Senhor Deus , que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim” (Gn. 3:8). O Senhor estava a “procurar” o homem, tomando a iniciativa da reconciliação: “Onde estás?” Desta vez, a voz do Senhor não gerou segurança em Adão, mas medo. Por quê? Porque o pecado gera medo e nesta situação a tendência humana é esconder-se.    Enquanto o homem procura fugir, Deus revela o seu desejo amoroso de restaurar a comunhão e o bem de sua criação. Neste propósito, Ele passou a usar homens fiéis como megafones de sua vontade: Falou por meio de Noé, de Abraão, Isaque e Jacó, José, Moisés, juizes, reis e profetas. Ainda falou por meio de visões, sonhos, revelações, usou também fenômenos da natureza e até mesmo anim

A Voz De Deus

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“Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gn.1:3). Este é o primeiro registro na história que menciona a força da palavra de Deus. A expressão revela o Seu poder criador como também marca o início da manifestação de Seu caráter ao mundo (Sl.19:1-4). O livro de Gênesis nos diz que Deus ordenou a existência da luz e de todo o exército celestial e terrestre. Esta verdade está espalhada por toda a Bíblia. O salmista escreveu: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles” (Sl. 33:6); o evangelista João disse que “sem ele (o Verbo/a Palavra), nada do que foi feito se fez” (Jo. 1:3); o escritor aos hebreus coloca a voz de Deus como resposta para a criação: “pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hb. 11:3). Depois da criação do universo, Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (Gn. 2:7). Quando a obra estava concluída, a voz do

Deus Aponta o Caminho

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Quando estamos diante de situações que exigem decisões difíceis, se não quisermos nos precipitar ou fazer uma escolha da qual venhamos a nos arrepender depois, a primeira coisa que devemos fazer é pedirmos uma resposta de Deus. Isso não quer dizer que devemos esperar que Ele faça tudo em nosso lugar, como crianças que almejam que seus pais determinem o seu futuro. É necessário compreender que Deus não vai fazer tudo o que podemos fazer. O Senhor não vai decidir todas as questões de nossa responsabilidade e capacidade. Ele vai orientar e aguardar a nossa decisão (Sl. 32:8). Deus aponta o caminho (Sl. 25:8). Ao afirmar isto, queremos dizer que Ele demonstra alternativas. Revela caminhos que O agradam e que nos abençoam, bem como aqueles que abomina e que nos são prejudiciais. Ensina o certo e o errado, indica a melhor escolha para evitarmos o pior. Perceba este princípio em algumas passagens bíblicas: -   As árvores frutíferas do Éden ou a árvore do conhecimento do bem e do mal. Sobre

O Fator Tempo

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O tempo é um agente de desgaste da vida. É impossível vencer a degradação do corpo. Mesmo que tentemos maquiar nossas rugas, continuaremos como folhas que nascem belas e viçosas, mas que murcham com o correr dos ponteiros. O tempo é o chamado da morte, que entrou no Éden depois do pecado. Desde então, homens de Deus têm ensinado a buscar enquanto se pode achá-lo (Is. 55:6). O profeta Isaías disse que “todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam” . Is. 64:6. Moisés falando sobre a brevidade do homem disse que “ tudo passa rapidamente, e nós voamos ” Sl. 90:10. Jó na sua angústia argumentou com Deus: “O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece; e sobre tal homem abres os olhos e o fazes entrar em juízo contigo? Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém! Visto que os seus dias estão contados, contigo está o número dos seus meses; tu ao homem puseste

Cristão Consciente

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   Por que as  pessoas procuram uma igreja? Quais as suas motivações? O que existe lá para atrair diferentes classes, idades, culturas e níveis educacionais? Possivelmente a resposta imediata seja: “Deus”. Porém, nem todos que chegam à comunidade dos cristãos estão, de fato, buscando a Deus. A necessidade de agregar-se a um grupo social é uma das razões que conduzem muitos ao nosso meio. Essa visão enxerga a Igreja como um clube de lazer, time de futebol, escoteiros, alcoólicos anônimos, academia, religião ou qualquer outra instituição que promova identidade e interação entre pessoas. Conseqüentemente, não desenvolvem consistência espiritual nem raízes profundas e negam em atos e palavras aquilo que afirmam crer. A ausência de intimidade com Deus é uma marca dos igrejados. Mas além da carência social, podemos enumerar outros motivos  como o fanatismo pelo transcendente (fé emocional), interesses capitalistas e manipulação por falsos líderes. Todos estes distanciam da Verdade person

Invista em Caráter

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Em que investir a vida? Ela é tão preciosa que uma pergunta assim exige resposta refletida e convincente, considerando o contexto em que vivemos. No tempo chamado hoje, a grande maioria das pessoas têm focado e se desgastado em busca de um estado de conforto material. Para isso, esquecem de pessoas importantes na construção de sua história, desprezam valores de excelência como a justiça e a verdade, além de substituírem a fé em Deus pela confiança em si mesmo. Para os que vivem nessa intensa corrida por bem estar, a aquisição de coisas se tornou o sentido da vida.  Porém há mais de 2000 anos o Mestre Jesus já advertia sobre o perigo das riquezas. Ele recomendou: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”. Lc. 12:25. Claro que a prosperidade em si não é nenhum mal, no entanto, a maneira como é adquirida e administrada pode tornar-se idolatria e raiz de todos os males (Fp. 3:5; 1ª Tm. 6:10). Mes

A Perseverança do Cristo

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A missão de Jesus foi prenunciada ainda no Éden, logo depois que o pecado entrou no mundo. No livro de Gênesis está escrito que após a transgressão o Senhor disse a serpente : "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."  Gn. 3:15. Jesus sabia que viria para ser ferido no calcanhar, para morrer. Se isto não bastasse para admirar sua coragem, também estava consciente de que seria rejeitado pelo povo a quem ofereceria redenção. Desde o nascimento sua missão mostrou-se dolorosa. Pouco tempo após ser concebido pela jovem virgem, foi perseguido por Herodes que fez jorrar o sangue de crianças nas ruas de Belém. Houve um angustiante clamor naquela noite. Mães choravam a morte de seus filhos pequenos. O menino Jesus escapou devido a orientação de Deus e a obediência de seus pais, que percorreram terras áridas até o Egito. Depois de alguns anos voltaram e “o menino crescia e fortalecia-se,

Saudade e Certeza

                  Saudade é a memória que permanece depois que alguém partiu. Um poço de recordações que jorra imagens, sons e momentos compartilhados intensamente. Sentimento capaz de regressar no tempo para evocar lágrimas e sorrisos, dores e alegrias, lembranças boas e ruins.             As pessoas sentem saudades de lugares que marcaram a sua história, de animais de estimação, de objetos com valor simbólico e principalmente de outras pessoas. Aquelas que de uma forma ou de outra construíram um vínculo de amizade afetivo e consciente. E quando esse nó se desfaz, dizemos que um pedaço foi embora, como se uma peça do quebra-cabeça da nossa história fosse retirada. Experimentamos assim a sensação de incompletude.             Existem muitas dores no mundo, como a sentida por uma mulher no parto, a de alguém que ouve um diagnóstico irreversível ou ainda aquelas derivadas da traição, da indiferença e da rejeição. Mas os maiores estragos continuam associados ao aguilhão da morte. Princi

Um Sonho de Liberdade

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         Você já refletiu sobre a visão de um cárcere? Ela traz a ideia de um lugar que míngua a espontaneidade dos movimentos, silencia a voz e massacra as emoções. É um ambiente onde a  sensação de desconfiança tolhe a possibilidade de amizades sem reservas. E não é preciso estar encerrado para sentir o peso das grades, muros e olhares ameaçadores. Basta algumas visitas para entender que o sistema carcerário perpetua a prisão da alma, pois mesmo após deixá-lo a memória armazena os duros golpes experimentados ali. Até o organismo internaliza vícios adquiridos no espaço e nas relações de aperto. Essas marcas não desaparecem, apenas são administradas, às vezes escondidas, mas continuam vivas.  Assim, a prisão mais sufocante se torna não aquela instituição governamental apresentada como lugar de reabilitação social, símbolo de vigilância e punição, construída de pedras, concreto e ferro. A punição maior não é a interdição do ir e vir do indivíduo. O que mais maltrata são as algema