Postagens

Mostrando postagens de 2009

Provação e Alegria

Tiago 1:1-12 O sofrimento é um fato universal. Ele está presente em todo o mundo, entre todas as pessoas, independente de quem sejam ou o do quanto possuam. Apresenta-se de diferentes formas e atinge o homem por inteiro. A alma é assediada constantemente por sentimentos doentios como a angústia, amargura, depressão, medo e tantos outros desconfortos internos, invisíveis e mui dolorosos. O espírito sofre com a ausência de Deus, quando O sente distante ou decide negá-lo. O corpo é o elemento mais sensível do homem, está sujeito a doenças, desequilíbrios, fraturas, hematomas, morte. O sofrimento não acontece sem causa, antes é suscitado por decisões próprias, agressão de outros, circunstâncias biológicas ou até mesmo dores infringidas por vontade Divina. Claro que nem sempre é fácil explicá-lo, muitas conjecturas e teorias acabam confundindo mais do que esclarecendo. Mas porque procuramos respostas? Procuramos racionalizar a dor com a intenção de amenizá-la ou até mes

Deus e a Família

Imagem
     Presenteando a Adão com Eva e ordenando-lhes que se multiplicassem sobre a terra, Deus estabeleceu a Família. Ela foi um remédio divino para a solidão humana. Na união entre o homem e a mulher e na conseqüente geração de filhos, a criatura experimentou a plenitude emocional, espiritual e física proporcionada pelo Criador. Após o pecado as coisas mudaram. E para pior. As dores de parto se multiplicaram, os meios de provisão tornaram-se áridos e os filhos nutriram sentimentos de disputa e vingança. O paraíso chamado Família parecia ter chegado ao fim. O ideal Divino havia fracassado?            Deus olhou do céu, viu um homem e sua Família. Alguém que caminhava com Ele durante todo o percurso da vida. Noé atraiu o olhar e o coração do Pai e foi poupado do Dilúvio, bem como sua esposa, seus três filhos e suas noras. Uma família sobreviveu às águas da morte. Após a confusão das línguas causada pela rebelião da Torre de Babel, o coração divino foi atraído novamente pela fé de u

Como Vivo a Fé no Cristo que me Ama

Procuro viver minha fé de modo discreto e persuasivo. Quero que quem me conheça logo descubra a fonte da minha paz e prudência: o Senhor Jesus Cristo. Não preciso mentir nem inventar histórias miraculosas que não vivi para atrair as pessoas ao Salvador. Ele é admirado quando amo sem acepção, quando olho nos olhos e transmito serenidade. Acredito que podemos conduzir alguém a se aproximar de Deus mostrando-lhe interesse por sua vida, seu bem. Trabalhar para o seu bem não significa satisfazer todas as suas vontades nem ignorar todos os seus erros, inclui também confrontá-lo naquilo que precisa mudar e incentivá-lo no desenvolvimento das virtudes cristãs. Isso envolve a dura tarefa de ajudar as pessoas a conhecerem a si mesmas principalmente a Deus. Deus é bom e os que o amam se esforçam para o ser. É uma questão de consciência. Para mim uma das maiores manifestações da bondade de Deus está nas oportunidades criadas por Ele mesmo. Essas se evidenciam na iniciativa do Criador em “fazer a

“Eles nem sabem que coisa é envergonhar-se”

Jeremias é um daqueles homens de quem pediríamos a Deus porção dobrada de seu espírito. Isso significaria uma dose dupla de coragem, temor, persistência, ousadia, resistência e tantas outras atitudes de um coração virtuoso. Era filho de Hilquias, o sacerdote de quem herdaria o ofício religioso. Mas de forma surpreendente, como Deus gosta de fazer, ainda jovem ouviu o chamado para repreender os muitos pecados de Judá, dentre eles a aliança feita com os caldeus, idolatria, malícia, corrupção sacerdotal, prevaricação e constante hipocrisia.             Desde o início, o Senhor havia deixado claro que a missão designada não seria fácil porque sua pregação repercutiria em todo o mundo de seu tempo. Disse-lhe o Senhor: “Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares” (1:10). O conteúdo de seus discursos possuía um teor condenatório, isso causou inquietação entre reis, auto

Deus

Deus não é uma idéia ou um conceito, mas uma Pessoa. É assim como decidiu se revelar, assumindo a semelhança humana. Deus expressa sentimentos quando ira-se contra o pecado, alegra-se com os humildes e chora devido à incredulidade e o sofrimento. Ele também evidencia a capacidade de pensar. Sua Sabedoria é notória em toda a História revelada na Bíblia e existem questões do Seu Pensamento que ultrapassam a nossa mente finita. Em certos casos alguns tentam negá-lo, mas precipitam-se na sua finitude. O fato de não compreender uma Pessoa por completo, não é motivo para afirmar que ela não exista. Deus também escolhe. Isso significa que Ele tem vontade e liberdade para dizer sim ou não, ir adiante ou parar. As decisões do Criador não são arbitrárias ou sem critérios de Justiça. Ele é a Justiça em Pessoa, é perfeito em todos os seus caminhos. A plenitude do conhecimento de Deus é insondável, inescrutável. O pouco que conhecemos do Criador nos maravilha e às vezes nos confunde, mas é suficien

Submissão

Esta palavra gera um sentimento de medo, principalmente por parte das mulheres. A idéia de ser “submissa ao próprio marido como ao Senhor” é aterrorizante. E para minimizar a dor ideológica formulam-se conceitos que minimizem a possibilidade “humilhante” de ser vista como submissa. Isso acontece porque muitas tiveram sua dignidade ferida por maridos cruéis ou por setores da sociedade que ultrajam a mulher, ou ainda como desculpa para defender um espírito rebelde. Mas é importante destacar que o princípio da submissão não está restrito ao sexo feminino, ele é universal. Foi o próprio Deus Quem estabeleceu a idéia de alguns seres governarem outros. É só considerar a hierarquia dos anjos dos céus, a ordem para o homem dominar a Terra, a relação entre o homem e a mulher, a honra que os filhos devem prestar aos pais e os mais novos aos anciãos, a existência de governos e a presença de líderes entre amigos, na escola, no trabalho, na Igreja. Quer queiramos ou não, estamos em uma rede de rela

O que Esperar de uma Igreja ao Longo do Tempo?

Diferente do lento processo de maturação que passa o corpo e a mente do ser humano, penso que a Igreja pode acelerar o seu crescimento. Não por suas próprias forças, mas pela dependência de Deus. Ser dependente de Deus não significa ser inútil ou inativo. Mas, pelo contrário, significa entregar-se durante o serviço. E dentre muitas coisas, essa entrega envolve a disposição de conhecer a vontade de Deus revelada na Palavra, o contato contínuo com o Criador por meio da oração, sensibilidade à voz do Espírito Santo, o compartilhar do coração uns com os outros na comunhão e acima de tudo a difícil decisão de amar ao próximo. Creio que a vontade de Deus é que com o passar do tempo a Igreja cresça por meio dos seus membros. Cada um executando a sua função no Corpo, cooperando com todas as partes, fortalecendo-se mutuamente e intensificando sua influência sobre o mundo. Quando uma igreja pára de crescer, não é porque Deus quer assim, mas porque os membros não exercem os seus dons. Ora se algu

Eu Acredito em Deus nas Pessoas

Eu acredito em Deus nas pessoas. Mesmo que a sociedade considere alguns casos irreversíveis, tento não ser seduzido pelo pessimismo da maioria e viver de maneira a conduzir desesperançados à presença do Senhor do impossível. Entre os desacreditados estão principalmente os envolvidos com algum tipo de vício: A jogatina, o cigarro, o álcool, as drogas “pesadas”, o sexo lascivo, enfim, os prazeres da noite que escravizam e provocam reações de desprezo. E diante de casos assim sou tentado à descrença, mas luto para não perder a esperança. Decido não querer o olhar acusatório do diabo. Procuro desenvolver a sensibilidade de um bom médico que examina as causas da doença, entende-as e assim medica a fim de alegrar-se com a cura. Quero a atitude do pastor que enxergou a centésima ovelha distante do rebanho. Quero amar como Jesus. Dizem que reconhecer as falhas é o primeiro passo para superá-las. Pois bem, confesso que a utopia de amar como Cristo anda dentro de minhas letras, mas distante da m

Há Esperança

Jonas era um menino fujão. Fugia de suas responsabilidades e sua família sofria muito com isso. Na escola isso se refletia com mais força, pois sentia incomodado e se lamentava pelas aulas que tinha de assistir. Era inquieto, barulhento e teimoso. Não conseguia se concentrar por um minuto sequer. O seu comportamento resultava na falta de aprendizado, principalmente nas habilidades básicas da leitura e escrita. Para as provas Jonas não estudava, mas ainda conseguia alcançar a média. Isso porque colava em todas elas ou os professores o “passavam” para se verem livres do mau aluno. Jonas cresceu, mas não amadureceu. Envolvido com um namoro problemático continuava a desprezar os estudos e freqüentava a escola devido a cobrança de seus pais. Ele se tornou um jovem irresponsável, preguiçoso e tolo. Até que sua família se aborreceu e com freqüência e de forma áspera cobrava uma atitude para que conseguisse um emprego e ajudasse nas despesas de casa. Como Jonas não concluiu eficazmente os estu

O Desafio de Uma Equipe Pastoral Ética

Um pastor é uma autoridade. Alguém que exerce influência diretiva sobre outras pessoas, ou seja, alguém que devido à função em que foi colocado por Deus tem a responsabilidade e a capacidade de orientar a vida de outras ovelhas como ele. A autoridade pastoral deve ser conquistada pelo caráter e não pela imposição. Entenda caráter aqui como integridade, conhecimento, sabedoria, convicção, amor. É importante admitir que o ministério pastoral advém de um dom que precisa ser reconhecido pelos irmãos e desenvolvido por quem o recebeu. Ele precisa estar consciente de que é um dos muitos membros que integram o Corpo, por isso não deve fazer tudo em uma Igreja, precisa seguir a orientação bíblica de aperfeiçoar os santos para o desempenho do ministério, para a justa cooperação entre as partes. Sozinho ele adoece, enfarta. Em Corpo ele vive e deixa a Igreja viver. Em algumas Igrejas o pastor não é o único a exercer este dom, portanto, ele tem a oportunidade de trabalhar com outros d
Pesando 2008 Quando queremos expressar uma situação dificultosa temos o costume de dizer que “a coisa está pesada’’. Imaginamos uma bagagem que vai ficando difícil de carregar a fim de explicar a sensação de pressão que as circunstâncias e as pessoas colocam sobre nós. Coloquei 2008 na balança e concluí que foi um ano pesado. Tive de carregar muitos fardos, meus e de outros. Na verdade, observei essas cargas na vida de muitos. Desde inundações, assaltos, crises financeiras e desempregos, a separações, violência, enfermidades, mortes e tantas outras situações. Vi, ouvi e provei atitudes como a falta de ética, hipocrisia, indiferença, insubmissão, fofocas, invejas e outras mazelas que se repetem todos os anos, em todo o mundo, mas não tão próximas de mim como neste. Situações pesadas não significam situações vazias. Aprendemos muito com elas. E uma dessas experiências marcantes foi o período em que estava ensinando à crianças, adolescentes e jovens em uma escola pública. Logo percebi com