Transformando através da Verdade


Jo. 3:1-15

     Jesus pregou e viveu a verdade que transforma os homens. No trato com as pessoas não usou atalhos, nem bajulação para adquirir credibilidade. O Senhor falou a verdade de forma consistente, completa, direta e com tato. Para cada tipo de pessoa usava uma abordagem diferente, porque as pessoas são diferentes, porém, todas precisam ouvir a verdade.

       A Bíblia registra a história de um homem chamado Nicodemos. Este foi “de noite” ter com Jesus. E por que de noite? Porque “estava com medo do que as pessoas pudessem dizer ou fazer, se tornasse conhecida sua visita a Jesus. Ele foi ‘de noite’ porque não tinha fé nem coragem suficiente para vir durante o dia”. Quando chegou a Sua presença, usou elogios e palavras de afirmação: Chamou-o de Rabi e disse que Ele vinha do céu, da parte de Deus, devido a sua autoridade e poder. Talvez esperasse uma atitude de reverência, afinal era um homem importante, um dos principais dos judeus. Mas o Senhor nunca se deixou levar por palavras ou hierarquia (Jo. 2:23-25). Foi direto e falou da necessidade de um novo nascimento: “Se alguém não nascer de novo, não pode VER o Reino de Deus” (vs. 3). 

     O fariseu indagou como poderia um homem já velho nascer de novo? Perguntou ironicamente se era possível retornar ao ventre materno e sair uma segunda vez. Sua fuga foi tentar limitar a verdade dita por Jesus a dimensão material, física. Jesus estava falando de coisas espirituais (1ª Co. 2:14) e insistiu dizendo ao religioso que precisaria nascer da água e do Espírito para ENTRAR no Reino de Deus (vs. 5). Nicodemos estava acostumado a ensinar, mas naquela noite, ele era o aluno. O Mestre lhe ensinou que havia diferença entre aqueles que nascem apenas biologicamente (da carne) daqueles que nascem espiritualmente (do Espírito). Mas tal ensinamento era estranho à mente do fariseu, que confuso perguntou: “Como pode suceder isto?” (vs.9).

       Jesus questionou o "mestrado" de Nicodemos: “Tu és mestre em Israel e não compreendeis estas coisas?” (vs.10). Ora, conhecimento religioso não significa intimidade com Deus. Os fariseus conheciam os 614 mandamentos da lei, as cerimônias, os rituais, dogmas e tradições, no entanto, não tinham comunhão com Deus. Comportavam-se como “ateus religiosos”, afirmavam acreditar em Deus, mas viviam como se Ele não existisse. Jesus continuou a confrontá-lo, dizendo que se não aceitavam o seu testemunho a respeito de coisas terrenas, como poderiam crer se falasse das celestiais? (vs. 11). Explicou ao mestre judeu que a serpente levantada no deserto era uma figura de sua crucificação: No deserto quem olhasse para a serpente de bronze seria curado, na cruz quem O contemplasse pela fé seria salvo (vs. 14, 15). 

      No decorrer do discurso, não lemos nenhuma interrupção feita por Nicodemos. Ele se calou ante aos ensinos de Jesus, que ainda falou do amor de Deus pelo mundo, enviando o seu Filho para dar a vida em resgate dos que nele crêem (vs. 16). Asseverou que aqueles não criam já estavam julgados (condenados) porque amaram as trevas e rejeitaram a luz (vs. 18).

     O texto não revela o resultado imediato desta conversa, mas sabemos que Nicodemos defendeu Jesus quando este foi acusado pelos principais sacerdotes e fariseus (Jo. 7:51), foi ele quem embalsamou o corpo do Mestre com 30 quilos de mirra e aloés (Jo. 19:39, 40). Penso que depois daquela noite Nicodemos não foi mais o mesmo, Cristo revolucionou a sua vida através da verdade.

Pr. Alex Gadelha

Comentários

Lúcy Jorge disse…
Amado do Senhor.

Fiquei feliz em encontrar um blog bem diferenciado, simples, porém rico em profundidade.

Realmente as coisas espirituais, saõ discernidas espiritualmente e Nicodemos não estava no mesmo Espírito que o Senhor Jesus, eis o motivo por não entender a Palavra.

Amei sua postagem, seu texto está brilhante!

Convido a visita ao meu blog, sinta-se a vontade para comentar.

Ósculo santo!

***Shalom***
Anônimo disse…
Graça e paz do Senhor JESUS!
Fico feliz por conhecer mais uma parte do corpo de CRISTO!
Graça e paz.
S.R.C

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