Cuide de sua Família!
Olhe para a natureza que Deus
criou. Veja como e onde os pássaros fazem seus ninhos a fim de protegerem seus
filhotes do frio, ventos, sol ou chuva; perceba como os defendem com a própria
vida quando predadores ameaçam a segurança do seu espaço; vejam que no regurgitar
renunciam aquilo que está no seu estômago para o alimento da prole; de várias
maneiras ensinam o canto, o voo, a vigilância. Tudo programado por Deus. A
natureza revela em muito de sua dinâmica, o cuidado do Criador e também o que devemos
ter com a nossa própria família.
Cuidar implica em proteger,
prover e educar. Proteger das más amizades, dos vícios e de ideologias que
adocem a mente e o coração; prover as necessidades físicas como o alimento, as
roupas e o lugar de habitação, mas também as emocionais como o carinho, o
afeto, o respeito, a estima, a atenção. Cuidar também implica em educar, em plantar
valores que criarão raízes e no devido tempo produzirão frutos de honra e
alegria a quem lançou as sementes.
Paulo ensinou sobre o cuidado
a um jovem chamado Timóteo (1ª Tm. 5). Em sua primeira carta a ele endereçada, prescreve
àquele jovem pastor os deveres no trato com diferentes pessoas na igreja. Sua abordagem
traz ensinamentos úteis ao convívio da igreja e também aos relacionamentos na
família.
Ao homem idoso não se deve tratar
com aspereza. Ninguém grita com um avô, não se age com violência e nunca o
abandona. Aos pais de nossos progenitores, devemos tratar com a mesma honra
dedicada a eles. Deve-se respeitar os cabelos brancos de uma história que originou
a nossa própria vida. A honra aos pais é o primeiro mandamento com promessa,
pois aponta a longevidade sobre a terra.
Aos jovens da igreja, Timóteo
deveria tratar como a irmãos. Irmãos são pessoas não somente defendidas, mas também
corrigidas com mansidão e honestidade. Os pais não devem considerar atos de
violência entre irmãos como natural, antes devem instrui-los a se protegerem
mutuamente, aconselhando e ajudando-se.
As mulheres idosas precisam
ser enxergadas com mães. A sensibilidade diante de uma mulher que gerou filhos,
os alimentou e educou nas possibilidades e limites da vida é indispensável para
um convívio pacífico, com relações saudáveis e acolhedoras. Desprezar uma avó é
ignorar uma mãe, é zombar do Deus que escolheu a mulher para gerar o que existe
de mais precioso em nosso planeta: a vida humana. Respeitem o ventre que gerou
seus pais e os seios que os alimentaram.
Às moças da igreja, o apóstolo
exorta para que sejam tratadas como a irmãs, com toda pureza. Ninguém pleno de saúde
mental cobiçaria uma irmã. Incesto é algo abominável até mesmo em culturas pagãs.
Não convém a um jovem que se afirma cristão tratar com malícia e lascívia alguém
a quem chama de irmã em Cristo. Existe um momento adequado para o relacionamento
sexual, um leito sem mácula, resguardado pela aliança chamada de casamento. Que
nessa matéria, ninguém defraude à sua irmã.
As mães ou avós que ficaram desamparadas
pela perda do marido devem ser cuidadas pelos filhos ou netos. Não espere que
entidades sociais ou até mesmo a Igreja faça o que é de sua responsabilidade. É justo diante de Deus que os filhos ou netos
recompensem na velhice de seus pais ou avós todo o esforço que tiveram para sustentá-los.
Não os coloquem no puxadinho de suas vidas, tragam-nos para o quarto da frente.
Deem-lhe o melhor que puderem. Seus filhos verão e quando envelhecer, farão o mesmo
com vocês.
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