Aprender a adorar no Livro do Apocalipse
Estudar os louvores e a adoração no Apocalipse de
João permite visualizar como acontece o serviço dos santos anjos nos Céus e vislumbrar
alguns momentos futuros de como adoraremos diante do Trono de Deus. O tratamento
que os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos dão ao Cordeiro de
Deus em nada assemelha-se ao que cantores gospels e muitos grupos de louvor fazem
nos cultos. O temor diante de Deus demonstrado no prostrar do rosto em terra, e
os temas dos cânticos sempre exaltando os atributos e os feitos de Deus, fazem-nos
perceber como estamos distantes do padrão dos Céus.
Infelizmente, nas músicas que ocupam o topo da
parada gospel, as letras apontam para um Deus que parece implorar ao homem que permita-o
fazê-lo feliz. O Criador é desenhado como subalterno à criatura. Este tipo de
cosmovisão forma pessoas ambiciosas e alimenta a ignorância quanto ao caráter
de Deus. E ignorância quanto a quem Deus é, destrói um povo.
O mercado da música gospel com suas extravagâncias, excentricidades
e heresias também tem engolido muitos ministérios de louvor, distraído as
pessoas da verdade e desfocado o para quem devemos cantar, o para quem é o
culto. Na revelação dada por Deus a João, Cristo é o Rei e Soberano sobre tudo
e todos. É Ele quem é digno de receber glória, honra e poder dos homens e não o
contrário. Ou seja, o culto revelado no Apocalipse é cristocêntrico, oferecido somente
a Deus na Pessoa do Cordeiro. Já o culto da religiosidade gospel é antropocêntrico,
tem como propósito maior o agradar aos visitantes dos templos e aos associados
que, especialmente aos domingos à noite, consomem produtos como boa música, refinada
oratória, catarse emocional e até show nos moldes de uma stand up comedy.
Voltemos ao Evangelho presente na revelação apocalíptica,
cultuemos a Deus cantando os seus atributos com temor, tremor e alegria,
fazendo tudo para glória do Seu Nome e nunca para suprir expectativas de homens
que buscam um lugar apenas para se sentirem bem consigo mesmos, mas não com
Deus.
Pr. Alex Gadelha
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