O Fator Tempo


O tempo é um agente de desgaste da vida. É impossível vencer a degradação do corpo. Mesmo que tentemos maquiar nossas rugas, continuaremos como folhas que nascem belas e viçosas, mas que murcham com o correr dos ponteiros.
O tempo é o chamado da morte, que entrou no Éden depois do pecado. Desde então, homens de Deus têm ensinado a buscar enquanto se pode achá-lo (Is. 55:6).
O profeta Isaías disse que “todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam”. Is. 64:6. Moisés falando sobre a brevidade do homem disse que “tudo passa rapidamente, e nós voamos” Sl. 90:10.
Jó na sua angústia argumentou com Deus: “O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece; e sobre tal homem abres os olhos e o fazes entrar em juízo contigo? Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém! Visto que os seus dias estão contados, contigo está o número dos seus meses; tu ao homem puseste limites além dos quais não passará”. Jó 14:1-5.
O poeta Davi foi mais enfático ainda e escreveu: “Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar”. Sl. 103:14-16.
O sábio Salomão falou das angústias que fazem parte do percurso da vida: “Ainda que o homem viva muitos anos, regozije-se em todos eles; contudo, deve lembrar-se de que há dias de trevas, porque serão muitos. Tudo quanto sucede é vaidade”. Ec. 11:8. Ainda advertiu sobre o perigo como a mulher adúltera lida com o tempo: “Ela não pondera a vereda da vida; anda errante nos seus caminhos e não o sabe” Pv. 5:6.
Com suas afirmações e indagações no sermão do monte, o Senhor Jesus ensinou a não sermos escravos das necessidades. Exortou-nos a olhar além do aqui e agora:
“Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Mt. 6:27, 31-34.
   Paulo tinha consciência da lei da semeadura e por isso exortava os crentes a usarem o tempo para plantarem aquilo que gera frutos no coração de Deus: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” Gl. 6:9. Em suas epístolas, mostrou o seu cuidado com o progresso espiritual dos novos crentes e advertiu-os quanto à maneira de viverem:
“Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor”. Ef. 5:14-17.
Pensando nesse poder consumidor do relógio, devemos consultar a sabedoria de Deus e pedir o discernimento necessário para gozar o melhor da vida. O tempo degrada o corpo, mas pode ser um forte aliado para aprimorar o caráter. Então use a efemeridade de seus dias para investir na eternidade, obedecendo a Deus e se desgastando em pró de Sua Vontade.


Pr. Alex Gadelha

Comentários

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Diacono Sergio Christino

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